Telas: tê-las ou não telas?

O tempo excessivo em frente as telas pode levar à fadiga ocular, miopia e síndrome do olho seco, além de prejudicar o sono, e provocar irritabilidade e cansaço, sem falar das perdas em convivência social e lazer. Veja como minimizar esses riscos.

Estudo conduzido com base na pesquisa Digital 2023: Global Overview Report, realizada pela DataReportal, que comparou o uso de telas em 45 países, apontou que o Brasil aparece como o segundo país com maior índice de indivíduos diante de telas, com mais de 8 horas em frente a TVs, celulares, tabletes ou computadores.
Quando o assunto é rede social, o Brasil é o terceiro país que mais faz uso, com mais de 130 mil contas ativas e acessadas diariamente.
Esses números podem ser considerados normais levando em consideração a população mundial e brasileira e as facilidades que a tecnologia proporciona. Porém ao utilizar esses recursos sem moderação, isso pode se tornar problemático para a saúde física e mental.
A linha entre o que é um tempo de uso normal e o que pode ser considerado uso excessivo é muito difícil de definir e varia entre as pessoas. O vício em telas não é definido por um período de tempo de uso determinado, mas sim por alguns sinais e comportamentos que definem se isso é um uso normal ou já pode estar indicando um problema.
Assim, é fundamental encontrar um equilíbrio entre as conveniências tecnológicas e a promoção da sua saúde e bem-estar.

Equilibrar o tempo diante das telas com outras atividades mais benéficas, como a prática de exercícios físicos, convivência em família e sociedade, jogos de lazer e outras atividades sociais é uma medida fundamental na luta contra o sedentarismo, prevenção de doenças físicas e mentais.
Estudos recentes têm relacionado o uso abusivo das telas ao desenvolvimento de miopias e à deterioração da saúde mental, com maior incidência de quadros depressivos e de ansiedade, realçando a importância de repensar os hábitos digitais.
Riscos do tempo excessivo de tela
Burnout Digital – Esgotamento ao extremo, causado pela longa exposição aos dispositivos. Os sintomas mais comuns são problemas de visão, dor de cabeça, insônia, ansiedade e dificuldade de concentração e aprendizagem.
Desenvolvimento Infantil – O uso em excesso pode impactar negativamente no desenvolvimento cognitivo e social da criança, além de problemas relacionados à visão e redução da criatividade e imaginação.
Problemas relacionados à visão – O uso excessivo de telas pode desencadear diversos problemas, como a síndrome do olho seco, cansaço visual, agravar doenças pré-existentes como glaucoma, catarata e acelerar o desenvolvimento da miopia.
Problemas de postura – Pode provocar má postura, tensão muscular, dores de cabeça e curvatura da coluna.
Como evitar ou reduzir os impactos da dependência digital?
- Crie uma nova rotina: Inclua hobbies, momentos de interação e atividades físicas;
- Reduza as notificações: Desative notificações que não são essenciais para reduzir a tentação de verificar o telefone constantemente;
- Planeje pausas regulares: faça pausas de 5 a 10 minutos a cada hora de uso dos eletrônicos;
- Evite usar telas uma hora antes de dormir: A luz azul interfere no ciclo do sono, podendo afetar diretamente a qualidade do seu sono;
- Seja consciente. Lembre-se que existe vida fora das telas. Estabeleça limites e crie hábitos para controlar o uso da tecnologia digital.
- Se não for usar o celular, desligue-o para não ficar tentado a dar uma espiadinha.
- Se estiver em um compromisso social ou familiar, mantenha o celular no modo silencioso e guardado.
Reduzir o tempo de tela requer uma abordagem consciente e equilibrada, mas não é impossível. Basta ter persistência e disciplina para manter uma rotina de vida mais saudável.
No canal de vídeos Dana no Youtube existe a Série “O celular pode esperar”, composta de 11 vídeos curtos com dicas para usar essa tecnologia no dia-a-dia de forma consciente e saudável. Aproveite, assista, curta e compartilhe.
Por fim, entre ficar em frente a TV, celular, computador ou tablete e fazer alguma atividade física ou de lazer escolha sempre a segunda opção. Afinal, quem sabe faz ao vivo e sempre é melhor que o digital, não é?