Pedra na vesícula: afinal o que é isso?

29 de agosto de 2024
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Vez por outra algum colega da empresa, amigo do bairro ou familiar vem com a notícia que o exame deu “pedra na vesícula”. Mas afinal, o que é esse problema. E mais: o que é essa tal de “vesícula”? Danamed Comunica explica.

Dores intensas, vômito, calafrio, febre e icterícia (pele e olhos amarelados) podem ser apenas alguns dos sintomas de cálculo biliar, também conhecido como pedra na vesícula.

Inicialmente, alguns pacientes podem ser assintomáticos, mas, com o tempo, passam a sentir dificuldade na digestão ou dores após ingerir alimentos mais “pesados”, como gordura ou massas.

A vesícula é um órgão localizado próximo ao fígado e tem a função de armazenar a bile, líquido que auxilia na digestão das gorduras e contém grande quantidade de sais biliares, sintetizados a partir de várias substâncias, entre elas o colesterol.

A bile é um líquido amarelo-esverdeado, espesso e pegajoso, produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar. É composta por água, sais biliares, colesterol, bilirrubina e outras substâncias. A bile tem duas funções principais: auxiliar na digestão e absorção de gorduras e algumas vitaminas.

Quando algumas dessas substâncias aumentam a sua concentração na bile, elas podem ir se acumulando na vesícula. Com o passar dos meses e anos, esses acúmulos formam as pedras (que são os cálculos biliares).

Em boa parte dessas situações de acúmulo dessas substâncias na vesícula, o incômodo passa sem necessidade de medicação, mas, às vezes, é preciso usar remédio para dor recomendado pelo médico.

Se essa situação se torna frequente, é importante procurar um médico e fazer o exame para saber a causa. Uma vez que os exames e investigação identifique a presença de cálculo biliar, a solução é a remoção da vesícula biliar em um procedimento cirúrgico, para evitar quadros mais graves.

Estima-se que até 20% da população adulta de homens e mulheres tenha pedra na vesícula. A grande maioria dos pacientes com pedra na vesícula são assintomáticos e não vão desenvolver sintomas ao longo da vida. Estima-se que apenas 20% a 30% apresentarão sinais em um período de 20 anos, sendo que apenas 1% terá complicações mais sérias.

As cirurgias normalmente são feitas por videolaparoscopia, procedimento que não necessita de cortes longos. O paciente pode ter alta em até dois dias. Em casos mais graves, no entanto, quando a inflamação da vesícula já ocasionou adesão dela a outros órgãos, é preciso realizar incisão, tornando o procedimento mais invasivo.

Outro quadro considerado de maior gravidade envolve pedras de menor dimensão, as quais podem migrar pelo canal biliar em direção ao intestino. Como esse canal tem uma válvula, a pedra pode ficar presa nela, ocasionado inflamação na vesícula e no pâncreas.

Profissionais de saúde explicam que não há como evitar a formação do cálculo biliar, mas é possível reduzir os riscos de formação dele, adotando uma alimentação balanceada, rica em fibras e com baixo consumo de gorduras e massas.

Além da alimentação os exercícios também podem contribuir para evitar a formação de cálculos, uma vez que o sedentarismo aumenta o colesterol ruim e o risco dessas substâncias se acumularem na vesícula biliar. Fumar também pode afetar o funcionamento correto da vesícula.

Em resumo: alimentação balanceada, prática regular de exercícios, evitar álcool e o fumo, ajudam a melhorar o funcionamento da vesícula e contribui para saúde como um todo. Nada que você não saiba e já tenha visto no Blog Danamed ou no Informativo DANAMED Comunica.