Não descuide da vacinação
Saiba quais campanhas de vacinação estão em andamento e confira se sua caderneta de vacinação e de seus filhos estão atualizadas. E mais: ajude a evitar o retorno da Poliomielite, uma doença que estava praticamente erradicada do Brasil.
Vacinar a população é um desafio. Mesmo com os serviços de saúde do governo adquirindo imunizantes em quantidade suficiente e realizando campanhas frequentes de estímulo e conscientização sobre a importância da imunização todo o sucesso na prevenção e combate a proliferação de doenças infectocontagiosas depende de um único fator: as pessoas.
O nosso país tem uma tradição de vacinação e a população é informada com frequência sobre a importância de estar com o calendário de vacinas atualizado, contexto que fez com que o nosso PNI – Plano Nacional de Imunizações, fosse tido como modelo para outras nações e copiado no mundo todo.
O resultado dessa agenda sanitária iniciada em 1973 foi a erradicação de doenças como a varíola e a paralisia infantil (poliomielite) além do combate a epidemias como o sarampo, febre amarela, gripe e, mais recentemente, a covid-19.
É muito importante estar atento ao calendário e manter a caderneta de vacinação atualizada. Desta forma é possível evitar que você e seus entes queridos sejam afetados e fiquem doentes, e também evita que outras pessoas sejam contagiadas pelos agentes causadores de determinada doença, impedindo a proliferação do vírus e a situação de uma pandemia.
A população brasileira tem acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela OMS – incluindo imunizantes direcionados a crianças, adolescentes, adultos e idosos. Ao todo, são mais de 20 vacinas com recomendações e orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas, incluindo a imunização contra a covid-19, incorporado ao PNI recentemente.
Além da disponibilidade de imunizantes, a existência e a frequência de campanhas de vacinação também são importantes para que a população se engaje na proteção.
Informar e lembrar sobre a importância de vacinar-se é uma forma de recuperar a história e evitar o retorno de doenças que causaram grandes tristezas na população, como aconteceu no século passado, quando milhares de crianças foram infectadas pela poliomielite e muitas delas carregam as sequelas da paralisia infantil até hoje, e nos últimos anos, quando milhares de vidas foram extintas pela covid-19 e ainda hoje os sistemas de saúde cuidam de pessoas que ainda apresentam problemas clínicos advindos do vírus.
Atualmente, o Calendário Básico de Vacinação brasileiro definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) contempla todas as vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país, composto por 19 vacinas recomendadas à população, desde o nascimento até a terceira idade e distribuídas gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública.
Calendário de vacinação em crianças
Calendário de vacinação em adultos e idosos
Calendário de vacinação em adolescentes
Calendário de vacinação em gestantes
Entre as mais recentes, destacamos:
Vacinação contra a gripe (influenza) – uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório e é de alta transmissibilidade. A estratégia de vacinação contra a influenza tem com propósito de reduzir internações, complicações e óbitos na população-alvo. A vacinação anual é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza.
Multivacinação em crianças e adolescente – com diversas vacinas destinadas a população infantil, com doses e reforços específicos para grupos de recém-nascidos até crianças com 10 anos.
Campanha de Seguimento contra o Sarampo – recomenda que as crianças recebam a primeira dose da vacina contra o sarampo aos 12 meses de idade e a segunda dose aos 15 meses. Entretanto, as pessoas que não foram vacinadas na infância podem ser vacinadas a qualquer momento e devem receber duas doses da vacina tríplice viral, com um intervalo de um mês entre elas. Os adultos entre os 30 e os 50 anos devem receber apenas uma dose da vacina.
Vacinação contra a covid-19 – mesmo com boa parte da população imunizada, algumas pessoas ainda não completaram todo o ciclo de doses de reforço, além de outras que necessitam de nova vacinação para continuar imunes ao vírus.
Vacinação contra Poliomielite – essa doença foi considerada erradicada no Brasil em 1994, mas, sem a continuidade da vacinação, o cenário pode ser de piora. Por conta da baixa adesão à cobertura vacinal e de o vírus estar circulando existe o risco do retorno de internações pelo vírus que causa a paralisia infantil. O esquema de vacinação é de três doses da vacina inativada poliomielite (VIP) aos 2 meses, 4 meses e 6 meses; e duas doses de reforço da vacina oral poliomielite (VOP), a vacina de gotinha, com 1 ano e 3 meses e 4 anos.
A vacinação elimina ou reduz drasticamente o risco de adoecimento ou de manifestações graves, que podem levar à internação e até mesmo ao óbito. Por ano, a vacinação evita de dois a três milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
E tudo depende de apenas uma pessoa: você!
