Endometriose: você pode estar sofrendo sem saber!

O Março Amarelo chama a atenção para a endometriose, doença que afeta a mucosa que reveste o útero e incomoda mulheres em todo o país, causando, inclusive, dificuldades para engravidar. DANAMED Comunica orienta sobre os sintomas, prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.

O mês de março marca a campanha do Março Amarelo, que visa a conscientização sobre a endometriose e aumentar o conhecimento da população sobre a doença. Dados do Ministério da Saúde, alertam que essa é uma doença que afeta de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva, uma situação agravada pelo desconhecimento da doença e falta de diagnóstico.
A endometriose é uma doença inflamatória crônica que se desenvolve quando o tecido da camada interna do útero começa a crescer fora dele, causando dores abdominais e outros desconfortos, além de ser uma das principais causas de infertilidade.
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio descama e é expelido na menstruação.
Quando a mulher sofre de endometriose, algumas dessas células do endométrio, ao invés de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, aonde voltam a multiplicar-se e sangrar.
Assim, as células do endométrio também podem se espalhar e crescer em outras partes do corpo, como no intestino, no reto, na bexiga, no peritônio e até mesmo em órgãos distantes, como o pulmão e o cérebro.

Os sintomas da doença podem surgir na adolescência, com cólicas menstruais fortes, distensão abdominal, dores durante a relação sexual, sangramento na urina ou nas fezes, sintomas esses muitas vezes ignorados e atribuídos ao ciclo menstrual das mulheres, o que atrasa o diagnóstico e tratamento.
Assim como outras doenças, o diagnóstico precoce representa uma chance maior de cura e de evitar futuras complicações. Entretanto, o pouco conhecimento que a mulher, e até muitos médicos, têm a respeito da endometriose, acabam por atribuir os sintomas ao processo natural da menstruação, adotando procedimentos paliativos para aliviar as cólicas, o que retarda a investigação mais acurada sobre as causas e, por consequência, o diagnóstico correto.
Tudo começa quando o médico suspeita da doença, coisa que geralmente ocorre nas consultas periódicas com o médico ginecologista, e sempre é baseado nos sintomas descritos pelas pacientes, confirmados por outros indicadores obtidos nos exames de rotina.
Isso reforça a importância de a mulher estar em dia com suas consultas e periodicamente realizar uma visita para exames preventivos com o ginecologista.

Para confirmar o diagnóstico, o médico solicitará outros exames, como ultrassonografia com preparo intestinal, transvaginal e ressonância magnética de pelve, que são os exames mais solicitados em caso de suspeita clínica para endometriose.
O tratamento e acompanhamento sempre é feito pelo médico ginecologista, junto com a atuação profissionais de outras áreas da saúde, pois pode envolver uma alimentação adequada, atividade física, fisioterapia apropriada, remédios sintomáticos ou tratamento hormonal.
Dependendo dos resultados dos exames, também, pode ser necessário uma intervenção cirúrgica, que realizará a remoção dos focos da doença, podendo ser executada por laparoscopia ou cirurgia robótica.
Entretanto, a decisão para a melhor opção de tratamento dependerá da avaliação junto ao paciente e aos seus sintomas, sempre levando em consideração a idade, o estágio da doença, o desejo de ter filhos e a gravidade dos sintomas.
A campanha Março Amarelo é fundamental na conscientização para a prevenção, diagnóstico e tratamento da endometriose, visto que, mesmo que não tenha cura, a doença pode ser tratada de diversas formas, evitando maiores prejuízos à saúde da mulher.
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