Cuide bem da sua audição

29 de outubro de 2024
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Entenda os diferentes tipos de surdez para poder identificar os sinais e sintomas e buscar tratamento adequado.

Tampe ambos os ouvidos e fique assim por apenas 30 segundos. Pois essa é a sensação (provavelmente, desagradável) que sentem aqueles que não podem ouvir. Exceto nos casos congênitos, a grande maioria dos casos de perda da audição podem ser evitados com cuidados simples.

A perda da audição é uma diminuição da capacidade de percepção dos sons, o que pode dificultar a compreensão e a comunicação. Ela pode surgir ao longo do tempo e é mais comum de acontecer como consequência do processo de envelhecimento.

Entre as causas da perda de audição, a mais comum é o envelhecimento, em que a perda é conhecida como presbiacusia. Porém, também pode ocorrer em qualquer idade por diferentes motivos como:

  • Presença de líquido ou objetos estranhos.
  • Ruptura ou perfuração do tímpano.
  • Doenças como esclerose múltipla, lúpus, doença de Paget, meningite, doença de Ménière, pressão alta ou diabetes.
  • Medicamentos.
  • Otites frequentes.
  • Ruído excessivo.
  • Excesso de cera.
  • Traumas no ouvido.
  • Presença de tumores.

Em geral, a perda de audição é um processo lento e gradativo e pode ser identificado por sintomas, tais como: dificuldade em compreender as palavras, falar muito alto, sensação de ouvido tapado, ouvir pequenos zumbidos, necessidade de aumentar o volume da TV ou rádio e dificuldade em conversar no telefone, intolerância a sons muito intensos.

Como consequência da perda de audição a pessoa passa a se isolar do convívio social, evitar atividades em grupo e até mesmo contato com familiares e amigos, o que favorece o surgimento de doenças de natureza emocional, como a depressão.

O tratamento para a perda da audição depende da causa, mas sempre é indicado pelo otorrinolaringologista. Dependendo da avaliação do especialista e dos testes realizados, a solução pode ser uma simples lavagem de ouvido, em função do excesso de cera; a aspiração (em casos de água ou objetos estranhos), ou a prescrição de antibióticos, em caso de otites, ou o uso de aparelho auditivo.

Em raros casos é feita uma cirurgia, somente recomendada quando a diminuição da audição atinge o ouvido externo ou o ouvido médio. As mais intervenções cirúrgicas mais comuns são:

  • Timpanoplastia: feita para restaurar a membrana do tímpano quando é perfurada.
  • Mastoidectomia: necessária quando ocorre infecção do osso temporal onde está contido as estruturas do ouvido.
  • Estapedectomia: que é a substituição do estribo – um pequeno osso –, por uma prótese de metal.

Somente os testes auditivos solicitados pelo otorrinolaringologista podem identificar as causas e classificar a perda auditiva em níveis, que podem ser:

Leve – A pessoa escuta a partir de 25 a 40 decibéis, com dificuldade de entender a fala de outras pessoas, além de não escutar o tic-tac de um relógio ou o cantar dos pássaros.

Moderada – A pessoa consegue escutar dos 41 até os 55 decibéis, com dificuldades de escutar conversas em grupo.

Acentuada – Neste nível já é necessário usar aparelho ou prótese auditiva, já que a pessoa escuta dos 56 aos 71 decibéis, que podem ser alcançados em ruídos fortes como um choro de criança ou aspirador de pó.

Severa – A pessoa ouve a partir de 71 até aos 90 decibéis, conseguindo identificar apenas latidos de cachorros, sons graves de um piano ou toque do celular no volume máximo.

Profunda – Ouve-se apenas 91 decibéis para cima e não consegue mais ouvir sons, impedindo a comunicação e a compreensão da fala.

A perda auditiva pode não ser perceptível inicialmente e causar problemas para ouvir alguns sons agudos, como sinos. Porém, continuar ouvindo em níveis inseguros leva à perda auditiva irreversível e, como consequência, trará dificuldades de comunicação com outras pessoas, especialmente em locais barulhentos, como restaurantes e mercados.

Cuidar bem da audição envolve manter hábitos de vida saudáveis quanto à alimentação e exercícios físicos, que garantem o bem-estar geral do corpo, mas, principalmente, evitar hábitos como o uso de fones de ouvido com volume muito alto, ambientes com ruídos altos e com um tempo de exposição prolongada.

Profissionais que estão expostos a grande poluição sonora, é preciso utilizar sempre o protetor auditivo.

Boa audição e comunicação são importantes em todas as fases da vida. A perda auditiva pode prevenida ou ser tratada com os cuidados apropriados quando identificada em tempo hábil. A Danamed já avisou. Depois não vai falar que não escutou.