Agosto: juntos no combate ao tabagismo

19 de agosto de 2024
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O Dia Nacional do Combate ao Fumo tem como principal objetivo informar e conscientizar a população brasileira sobre os riscos do tabagismo. Entenda os impactos do hábito de fumar na sua saúde e no bem de estar de todos. 

O Dia Nacional de Combate ao Fumo será comemorado em 29 de agosto e tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

Mas, se você é fumante ou conhece e convive com um fumante, não precisa esperar até lá para aderir à campanha. Comece agora mesmo conhecendo alguns dados sobre os riscos do tabaco na saúde e na sociedade.

Não bastasse os estragos aos pulmões e a maior propensão ao aparecimento do câncer, especialmente no esôfago, laringe (cordas vocais); boca e pescoço), o tabagismo também é um dos principais fatores para problemas cardiovasculares.

O cigarro é responsável por aumentar o risco de surgimento de aproximadamente 50 doenças diferentes, além de elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca em até 30%. As doenças cardiovasculares, como a angina e o infarto, estão entre as mais comuns, isso em razão de que, segundo estudos clínicos, o hábito de fumar sobrecarrega o coração, o que pode resultar em crises e doenças progressivas e cumulativas.

Dados da OMS – Organização Mundial da Saúde, apontam que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, com mais de 7 milhões dessas mortes resultado uso direto do uso do cigarro e outras formas de uso do tabaco ou suas substâncias.

Para agravar ainda mais a situação, cerca de 1,2 milhão dos atingidos pelos males do fumo são não-fumantes expostos ao fumo passivo.

O tabaco é uma planta cujas folhas são utilizadas na confecção de diferentes produtos que têm como princípio ativo a nicotina, substância que causa dependência, e está presente em diversos produtos, tais como cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, cigarrilha, tabaco para narguilé, rapé, fumo-de-rolo, dispositivos eletrônicos para fumar e outros.

Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.

De forma direta ou indireta, quase 500 pessoas morrem a cada dia no Brasil por causa do tabagismo. Esses óbitos geram um custo de R$ 153,5 bilhões no nosso sistema de saúde e na economia do país somente com o tratamento de danos produzidos pelo cigarro, sendo que quase 140 mil mortes anuais poderiam ser evitadas, apenas eliminando o hábito de fumar pela população.

Como a nicotina age diretamente no coração, cérebro e a circulação, além de prejudicar todo o organismo do fumante, ela influencia na redução de consumo de oxigênio, e faz com que o corpo passe a absorver mais colesterol, o que causa um endurecimento das artérias do fumante, fazendo com que o coração trabalhe com maior intensidade para irrigar todo o corpo com o sangue.

Qualquer tipo de tabaco pode estimular a produção de novas placas nas artérias e piorar a aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes das artérias), sendo que fumantes do sexo masculino têm três vezes mais chances de ter um infarto, se comparado aos homens não fumantes.

Nas mulheres, esse risco é ainda maior. Além de todos os riscos citados, outros problemas podem surgir, especialmente para aquelas em idade fértil, já que o tabagismo pode prejudicar sua saúde reprodutiva e ocasionar complicações, como infertilidade e complicações para o feto durante a gravidez.

Outro fator de preocupação é que, embora o número de homens fumantes seja quatro vezes maior do que mulheres, enquanto o índice de homens tabagistas estabiliza-se, o número de mulheres fumantes segue aumentando.

A dependência à nicotina envolve aspectos físicos e psicológicos resultando em sofrimento na cessação do tabagismo. A prevalência de dependência varia de 70% a 90% entre os fumantes regulares.

Dá para parar!

Cerca de 80% dos fumantes têm o desejo de parar de fumar, porém, a cada ano, somente 3% conseguem. A grande maioria dos fumantes até conseguem parar de fumar por algum tempo, porém existem “gatilhos” que fazem com que o vício retorne e a pessoa desista.

Algumas mudanças de hábito podem ajudar nessa caminhada rumo ao “fumo zero”, mas é bom ter consciência que não é nada fácil.

  • Reduza gradativamente o consumo de cigarros.
  • Estabeleça um dia para parar – no dia marcado jogue fora o cigarro, o isqueiro e o cinzeiro.
  • Faça exercícios de respiração – inspire profundamente e segure por cinco segundo. Depois, solte o ar pela boca lentamente. Repita isso cinco vezes.
  • Engane a vontade de fumar – coisas simples como escovar os dentes logo após as refeições, tomar um ou dois copos de água gelada, mastigar cravo, canela, gengibre e cenoura nos momentos em que a vontade estiver mais forte, podem enganar e afastar o desejo de acender um cigarro. Enfrente cada dia como se fosse o primeiro e siga em frente!
  • Evite café e álcool – perceba quais ações no seu dia a dia fazem com que aumente a vontade de acender um cigarro. Assim como o álcool, o café é um dos alimentos mais associados ao hábito de fumar.
  • Pratique exercícios físicos – quando surgir a vontade por nicotina, levante-se e, sendo possível, exercite-se.

Se mesmo assim você não conseguir parar de fumar sozinho, não hesite em procurar ajuda.

A equipe de profissionais DANAMED e a rede credenciada podem ser seus aliados na batalha contra o fumo. Se você quer fumar, isso é um problema seu. Mas se quer parar de fumar, esse é um problema nosso!